Chapeco

Chapecó - Santa Catarina

Chapecó é uma cidade brasileira do estado de Santa Catarina. Considerada a capital brasileira da agroindústria e capital catarinense de turismo de negócios. Foi totalmente planejada, e seu traçado é em forma de xadrez. Possui 189.052 habitantes residentes, sendo a sexta cidade mais populosa do estado e a quinta mais importante de acordo com o PIB per capita. Chapecó está localizada na Região Oeste Catarinense, na inserção da bacia hidrográfica do Rio Uruguai, cujo curso define a divisa com o estado do Rio Grande do Sul. Os municípios vizinhos são, basicamente, distritos desmembrados, como Cordilheira Alta, Seara, Xaxim, Coronel Freitas e Nova Itaberaba.

 

Características

Pólo agroindustrial do sul do Brasil e centro econômico, político e cultural do oeste do Estado, Chapecó tem prestígio internacional pela exportação de produtos alimentícios industrializados de natureza animal. Suas grutas e sítios arqueológicos guardam muitas surpresas para os visitantes. 

- Data de fundação - 25 de Agosto de 1917.
- População - 205.795 habitantes (2015)
- Colonização - Italiana. 
- Principais etnias - Italiana, alemã e polonesa. 
- Localização - Oeste catarinense, a 550 Km de Florianópolis (através da BR 282). 
- Área - 625,60km2. 
- Clima - Mesotérmico, com temperatura média entre 15ºC e 25ºC. 
- Altitude - 670m em relação ao nível do mar. 
- Coordenadas - Latitude: -27 05 4 Gr.Min.Seg.  /  Longitude: 52 37 06 Gr.Min.Seg.
- Principais atividades econômicas - A cidade tem fama internacional por ser grande exportadora de produtos alimentícios industrializados de natureza animal, ocupando lugar de destaque na economia catarinense. É também considerada a Capital Latino-Americana de Produção de Aves e Centro Brasileiro de Pesquisas Agropecuárias.

 

História

São diversas as hipóteses relacionadas à origem e ao significado do nome do município. Todavia, a suposição mais difundida aponta "Chapecó" como vocábulo de origem Kaingang, que significaria "Donde se avista o Caminho da Roça". 

À parte a ocupação da região por povos indígenas - sobretudo kaingangs e em menor proporção guaranis - desde tempos imemoriais, acredita-se que os primeiros exploradores a percorrer o oeste catarinense tenham sido bandeirantes paulistas, ainda no século XVII. Há, entretanto, historiadores que sugerem que a região já teria sido pisada por homens brancos em meados do século XVI. De qualquer forma, pode-se afirmar que o território que atualmente compõe o oeste de Santa Catarina foi pouquíssimo explorado até pelo menos o início do século XIX. 

A partir de então, em função de uma frente agro-pastoril vinda do norte, a região passa gradativamente a ser ocupada por criadores de gado. Tal fato está relacionado com a descoberta, por volta de 1839, dos chamados "Campos de Palmas", os quais vinham sendo procurados havia tempo por fazendeiros que já tinham ocupado os campos de Guarapuava. Dessa forma, graças à demanda dos pecuaristas guarapuavanos por novas áreas de pastagem, grandes porções do atual oeste catarinense começaram a ser ocupadas por fazendas de criação. 

Com a expansão das atividades pecuárias, surge a ideia de abrir-se uma estrada - ou caminho de tropas - que ligasse os Campos de Palmas à região missioneira do Rio Grande do Sul, a fim de viabilizar uma nota rota de tropeiros no sul do País. A abertura desta estrada - que ficou conhecida como "Caminho das Missões" - deu-se por volta de 1845, e para tanto foi decisiva a atuação do Índio Condá. Cacique kaingang de grande ascendência sobre os índios da região, Condá, que relacionava-se bem com os novos povoadores brancos, concordou em apaziguar os indígenas que habitavam os lugares por onde passaria a futura estrada de tropas. 

O "Caminho das Missões", logo após ter sido aberto, passou a receber um grande fluxo de tropeiros. Esta nova rota lhes era vantajosa porque encurtava consideravelmente o trajeto entre o sul do Brasil e as feiras de gado de São Paulo. Além disso, passando por ali as tropas escapavam dos tributos devidos à Província de Santa Catarina, caso utilizassem o antigo "Caminho de Viamão", que passava por Lages. (Até essa época, a região que atualmente faz parte do oeste catarinense pertencia à Província de São Paulo). 

 O intenso fluxo de tropeiros que passou a existir na região foi responsável pelo aparecimento dos primeiros  núcleos de povoamento, que surgiram nos locais de pouso e descanso das tropas. A cidade de Chapecó, de  fato, desenvolveu-se a partir de um desses peculiares agrupamentos populacionais. Percebe-se, dessa forma, a importância do tropeirismo para a economia regional na segunda metade do século XIX. Concomitantemente, passou a ser relevante a atividade extrativista de erva-mate na região.    

 

Infraestrutura

Chega-se a Chapecó pelas rodovias BR-282, BR-480 e BR-283 e SC-468. Para a entrada no centro e nos bairros próximos, é utilizada a rua Plínio Arlindo de Nês, que, atualmente, está em fase de duplicação. A cidade contará com um dos maiores e mais importantes aeroportos da Região Sul do Brasil, que está em fase de construção. Conta, também, com confortável rodoviária com linhas para todas as cidades catarinenses e principais cidades brasileiras. Dispõe de atendimento 24h e tem como principais empresas operantes, Unesul e Reunidas; Contanto também com Planalto, Ouro e Prata, Cantelle, Lopestur, Lopes Sul, Erol, Tiquin, Valtur, Helios, Eucatur, Nova Integração, Mattur e Casttur. O contorno viário de Chapecó concluído e inaugurado em Junho de 2013. 

O Aeroporto Municipal Serafin Enoss Bertaso está em vias de internacionalização, recebendo cerca de 450 000 passageiros por mês, transportando cerca de noventa toneladas de mercadorias e movimenta cerca de 750 aeronaves mensalmente. Destaca-se o Distrito Industrial Flávio Baldissera, com área de 484 mil m² e o Recinto Especial de Despacho Aduaneiro para Exportação, que é um porto seco voltado para agilizar o processo de exportação de bens do município e região.

A infraestrutura de Chapecó inclui ainda um setor hoteleiro bem desenvolvido com 33 empreendimentos com mais de 2 500 leitos, segundo a prefeitura municipal, dois hospitais regionais, duas emissoras de televisão, quatro de rádio FM e duas de AM, três jornais diários locais e muitos outros itens que caracterizam a responsabilidade regional de Chapecó, também presente nos serviços especializados que a cidade oferece a toda a região, nas mais diversas áreas. Um shopping center (Pátio Chapecó) foi inaugurado dia 5 de Outubro de 2011, contando com 120 lojas, 4 salas de cinema, e várias empresas famosas como McDonalds, Centauro e Burger King. Um Hipermercado da Rede Wallmart foi inaugurado na cidade. O Big Chapecó, na Zona Oeste é o maior Hipermercado da Rede em Santa Catarina, com uma área de 22.000m².

 

Planejamento

Chapecó está se preparando para os próximos anos. Dentre essa preparação é o Projeto Chapecó 2030, que nele tem: 

O projeto Chapecó 2030 é uma ação da SACH - Sociedade Amigos de Chapecó, que visa debater o desenvolvimento do município. Seu objetivo é debater, integrar e produzir ações e estratégias que promovam, pelos próximos 20 anos, o desenvolvimento sustentável do município e da região. 

O projeto realiza um planejamento de longo prazo do município dividido em diversas áreas: 

- Setor Agropecuário
- Economia
- Esporte e Lazer
- Meio Ambiente
- Saúde
- Educação
- Cultura
- Assistência Social
- Infraestrutura
- Gestão Pública

 

Educação

Na área do ensino fundamental e médio, Chapecó conta com mais de 180 estabelecimentos e cerca de 2 200 profissionais. No ensino técnico, figuram cursos técnicos em química com Habilitação em Alimentos, Carnes e Derivados, Eletromecânica, Mecânica, Segurança do Trabalho, Eletrotécnica, Eletrônica e Agropecuária. No município, destacam-se, ainda, os centros profissionalizantes especializados nos segmentos industriais da confecção e moveleiro. Também há um campus do IFSC - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (anteriormente denominado CEFET) com os cursos de eletroeletrônica e mecânica pós-médio, o curso técnico em Informática integrado ao ensino médio e o curso de Eletromecânica na modalidade PROEJA. O IFSC também oferece o curso superior de Engenharia de Automação e Controle. A cada cinco jovens e adultos que estudam em Santa Catarina, um está em Chapecó, além de que 87% das crianças de quatro a seis anos estão matriculadas nos Centros de Educação Infantil. É o maior índice de Santa Catarina. E ao todo tem 58 mil estudantes desde o ensino infantil ao ensino superior. 
O município abriga dez (10) instituições de ensino superior (IES), sendo (04) Universidades, seis (06) Faculdades, bem como nove (09) pólos de ensino à distância.

 

Esporte

Chapecó conta com boas áreas para práticas desportivas. A cidade já se destacou no cenário nacional com grandes atletas e equipes de ciclismo,vôlei, atletismo, handebol, xadrez, natação, judô, etc. A equipe de futsal da cidade disputa a liga nacional. A cidade conta ainda com um dos melhores autódromos de terra do estado de Santa Catarina e sedia duas etapas do estadual de automobilismo e eventos automobilísticos regionais.

O futebol é a grande paixão dos chapecoenses. A Associação Chapecoense de Futebol, conhecida entre seus torcedores como furacão do oeste, "maior verdão do brasil" e verdão, equipe pentacampeã catarinense, tem, como último título, o Campeonato Catarinense de Futebol de 2016. Tem, como sede, a Arena Condá, maior estádio de santa catarina com capacidade para mais de 22.000 pessoas localizada na Zona Leste da cidade. A equipe, em uma ascensão significativa, depois de três anos consecutivos na Série C do Campeonato Brasileiro (2010, 2011 e 2012), alcançou a segunda divisão em 2013, tendo sido classificada para disputar o Brasileirão da Série A em 2014 e desde então manteve sua permanência na elite do futebol brasileiro. 

No futebol de salão feminino, a equipe de Chapecó é bicampeã mundial, conquistando seus títulos em 2009 e 2010.